Balada de Outono
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Águas e pedras do rio
Meu sono vazio
Não vão acordar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Águas do rio correndo
Poentes morrendo
P'ras bandas do mar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
Rios que vão dar ao mar
Deixem meus olhos secar
Águas das fontes calai
Ó ribeiras chorai
Que eu não volto a cantar
2 Comments:
Muito, muito bom.
A fotografia e o fado estão sincronizados.
Gostei muito.
Esta canção de José Afonso era já triste, ainda não se adivinhava o seu fim físico -era de um tempo feito de negras memórias- mas mais triste se revelou quando ele a cantou, nesse célebre concerto de despedida em Lisboa. Premonitória não se pode dizer que o fosse pois o nosso fim é de todo inevitável e o dele era mais que esperado devido ao agravamento do seu estado de saúde. Mas é triste por isso mesmo, pela reveladora inevitabilidade do nosso fim...Por não podermos travar todo este processo, ainda que provoquemos com a nossa morte o maior dos respeitos e a mais profunda tristeza! Triste consolação a nossa. É no fundo a saudade e a nostalgia de saber ter sido!
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